quinta-feira, 31 de maio de 2012

O impacto do esporte na economia e a opinião da população

Por Paola Morgado


O esporte já representa uma parcela expressiva do PIB de vários países, e com impacto cada vez maior nos indicadores econômicos.
Foi divulgada uma pesquisa da Folha de SP, com dados interessantes. Por exemplo, 57% dos entrevistados se dizem contra o investimento público nas “arenas da Copa 2014″.
Parece ser cada vez mais perceptível aos olhos da população um descontentamento em relação a mega eventos como Copa Fifa e Olimpíadas. E na opinião de boa parte das pessoas, Copa e Olimpíada não são prioridades para o país, e que os recursos públicos devem ser direcionados para as “reais” prioridades, como saúde e educação.
Devemos considerar em primeiro lugar, que todo investimento público deve observar algumas premissas, entre elas o efeito multiplicador que o mesmo terá na economia do país. Investir num equipamento esportivo sustentável que tenha o poder de revitalizar determinadas áreas urbanas, que promova a geração de riquezas e emprego, e que contribua de alguma forma para a iniciação e prática desportiva da população, é um bom exemplo. Se isso não é prioridade, o que seria? Isso também é investir em saúde. 
O outro ponto da pergunta é a questão “arenas da Copa”. Ora, não podem e não devem ser vistas como tal. Estamos falando de reestruturar nossa infra esportiva, que servirão para tudo aquilo que citamos antes para um ciclo de pelo menos 40 anos. Não são “arenas da Copa”. São arenas esportivas. Ponto. A palavra chave é sustentabilidade. Colocar recursos públicos em elefantes brancos* é uma coisa (e por isso critico a escolha de determinadas sedes e projetos), mas não precisa ser assim. Infelizmente, os maus exemplos causam um efeito devastador na opinião pública.

*Elefante Branco é um termo utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade.

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