O esporte já representa uma parcela expressiva do PIB de
vários países, e com impacto cada vez maior nos indicadores econômicos.
Foi divulgada uma pesquisa da Folha de SP,
com dados interessantes. Por exemplo, 57% dos entrevistados se dizem contra o
investimento público nas “arenas da Copa 2014″.
Parece ser cada vez mais perceptível aos olhos da
população um descontentamento em relação a mega eventos como Copa Fifa e
Olimpíadas. E na opinião de boa parte das pessoas, Copa e Olimpíada não são
prioridades para o país, e que os recursos públicos devem ser direcionados para
as “reais” prioridades, como saúde e educação.
Devemos considerar em primeiro lugar, que todo
investimento público deve observar algumas premissas, entre elas o efeito multiplicador
que o mesmo terá na economia do país. Investir num equipamento esportivo
sustentável que tenha o poder de revitalizar determinadas áreas urbanas, que
promova a geração de riquezas e emprego, e que contribua de alguma forma para a
iniciação e prática desportiva da população, é um bom exemplo. Se isso não é
prioridade, o que seria? Isso também é investir em saúde.
O outro ponto da pergunta é a questão “arenas da Copa”. Ora,
não podem e não devem ser vistas como tal. Estamos falando de reestruturar
nossa infra esportiva, que servirão para tudo aquilo que citamos antes para um
ciclo de pelo menos 40 anos. Não são “arenas da Copa”. São arenas esportivas.
Ponto. A palavra chave é sustentabilidade. Colocar recursos públicos em elefantes brancos* é uma coisa (e por isso critico a
escolha de determinadas sedes e projetos), mas não precisa ser assim.
Infelizmente, os maus exemplos causam um efeito devastador na opinião pública.
*Elefante Branco é um termo
utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade.
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